Os Impactos do Turismo na Economia Baiana Pós-Pandemia
Foto: Pinterest
A Bahia é reconhecida internacionalmente por sua riqueza cultural, belezas naturais e hospitalidade, características que a consolidaram como um dos principais destinos turísticos do Brasil. No entanto, a pandemia de COVID-19 trouxe um grande impacto negativo para o setor, resultando em quedas expressivas na movimentação econômica, com perdas que afetaram desde grandes hotéis até ambulantes e pequenos negócios.
Com o avanço da vacinação e a reabertura gradual das atividades, o turismo baiano deu sinais de recuperação robusta. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em 2023, a Bahia recebeu cerca de 9,2 milhões de turistas, um aumento de 18% em relação ao período pré-pandemia. Esse número reflete não apenas o retorno de turistas nacionais, mas também o aumento do interesse de visitantes internacionais.
Os pilares da recuperação
A recuperação do turismo na Bahia se deve a diversas estratégias adotadas pelo governo estadual e pela iniciativa privada. Um dos principais fatores foi o investimento em campanhas de marketing voltadas para destacar o estado como um destino seguro e diversificado. Iniciativas como a campanha “Viva a Bahia”, que promoveu destinos como Chapada Diamantina, Morro de São Paulo e a Costa dos Coqueiros, foram fundamentais para atrair turistas.
Além disso, o aumento na conectividade aérea também foi crucial. Segundo a Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), novos voos diretos entre Salvador e capitais da América Latina, como Buenos Aires e Montevidéu, impulsionaram o turismo estrangeiro. Somente no segundo semestre de 2023, houve um aumento de 30% no fluxo de turistas vindos do Mercosul.
Impacto econômico
O setor turístico é um motor vital para a economia baiana. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em 2023, o turismo gerou mais de R$ 15 bilhões em receita direta e indireta no estado. Esse impacto positivo foi sentido em setores como a gastronomia, o transporte e o artesanato, responsáveis por milhares de empregos formais e informais.
O fortalecimento do turismo também beneficiou regiões além do litoral. Na Chapada Diamantina, por exemplo, houve um aumento de 25% na ocupação hoteleira, enquanto o Recôncavo Baiano, com suas festas religiosas e cultura histórica, atraiu mais visitantes com roteiros temáticos.
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços, o turismo baiano ainda enfrenta desafios estruturais. Problemas relacionados à infraestrutura, como a falta de manutenção em rodovias que levam a destinos turísticos e a precariedade de alguns serviços públicos, são obstáculos para uma expansão sustentável. Outro ponto de atenção é a capacitação da mão de obra local, fundamental para manter o padrão de qualidade no atendimento ao turista.
Olhando para o futuro, iniciativas como o projeto “Bahia Sustentável”, que incentiva o turismo ecológico e comunitário, prometem fortalecer ainda mais o setor. Além disso, o Calendário de Eventos 2024, que inclui o Carnaval de Salvador, a Lavagem do Bonfim e festas juninas em todo o estado, deve manter o fluxo de turistas em alta, consolidando a Bahia como um destino de destaque.
