A credibilidade é o elixir da relação entre pessoas e marcas

_{^{Foto: Monique MeloJornalista, assessora de comunicação, diretora da Texto & Cia e diretora Regional da
ABRACOM-BA}}

Um dos pontos mais importantes numa relação é a confiança, e para confiar, é preciso conhecer e gostar de algo ou alguém. Vivemos um momento em que estamos intoxicados com tanta informação, polarização, narrativas e recortes de contextos, que tem sido difícil encontrar coerência em falas e atitudes dos mais diferentes líderes e formadores de opinião. Parece até que passou a ser permitido mentir e manipular se estiver embasado em uma boa retórica e enquadramento assertivo de foto ou vídeo, pois apoiadores serão achados, principalmente nas redes sociais.
Diante deste cenário, mais do que nunca, as marcas precisase comunicar com os seus públicos-alvo estrategicamente e estar alinhadas em todos os canais (ominichannel), fortalecendo a sua imagem e reputação e escolhendo as causas a defender de acordo com os seus propósitos. Os consumidores exigentes e investigativos, assim como funcionários e fornecedores, primam pelas empresas que fazem a diferença e respeitam os valores contidos no ESG (governança, transparência e relações sustentáveis com as pessoas e o meio ambiente).
Organizações que esperam as crises para se relacionarem com a imprensa e a comunidade saem em desvantagem. Nestes momentos desafiadores, elas são obrigadas a se posicionarem e estão vulneráveis, redobrando o esforço de um discurso proposi- tivo, munido de prova social para elencar os seus diferenciais, além de um histórico positivo e solucionar o problema o mais rápido possível, mitigando prejuízos.

No Brasil, tradicionalmente, o governo é a instituição menos confiável e, segundo a pesquisa da Edelman Trust Barometer 2023, as empresas e as ONGs são as únicas instituições vistas como competentes e sérias. Portanto, espera-se delas colaboração com as autoridades, em busca de uma sociedade mais justa, segura e próspera. Daí a importância 120 | Let’s Go Bahia Mai/Jun – Circ.: Jul/Ago 2023
Os desafios de comunicação são grandes e não param diante de tantas novidades tecnológicas, capitaneadas pela inteligência artificial regenerativa, que deve ser boa para o ser humano e obedecer às leis e à ética também da escolha de um CEO, que não seja somente um paladino da verdade diante de tantas fake news, como também esteja apto a colaborar com as resoluções das grandes questões do país e da humanidade.
Os desafios de comunicação são grandes e não param diante de tantas novidades tecnológicas, capitaneadas pela inteligência artificial regenerativa, que deve ser boa para o ser humano e obedecer às leis e à ética. Precisamos ter calma, pensamento crítico e, principalmente, flexibilidade para analisarmos contextos e questionarmos constantemente o modo de fazer as coisas. Um fato é certo: não se pode deixar de ter mentalidade de inovação, de explorar novas possibilidades, reaprender para navegar em mares tão incertos, sobreviver e crescer.
Afinal, como ouvi outro dia, quem não está confuso, não está entendendo o que está acontecendo. Sou sempre otimista, acredito na capacidade criativa do ser humano e tenho fé numa força universal coerente (Deus), que sempre acha caminhos positivos para a nossa evolução. Afinal, temos alma, não somos máquinas.