Em 2024 vamos para cima Bahia!

Em 2024 vamos para cima Bahia!

Foto: Divulgação

Em 2024 a Bahia terá o sexto orçamento do país, em um montante estimado de R$ 62,6 bilhões, porém com uma previsão de crescimento do PIB esse ano menor que a média nacional também por conta do setor industrial que deverá ter resultados ruins. As finanças estaduais estão sobre controle e o endividamento estadual é considerado baixo, o que permite alavancar investimentos.

Apesar desses números absolutos a Bahia, aos poucos vem perdendo seu protagonismo no Nordeste, e a sua participação no PIB regional vem decrescendo ano após ano.

Precisamos inicialmente assumir que outros estados estão avançando em ritmo mais acelerado do que nos, fazer uma análise SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities, threats) da nossa política de atração de investimentos nos últimos anos e reformulá-la, afinal como afirmou Einstein, “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

Apesar de alguns bons celeiros de desenvolvimento como o agronegócio do Oeste e os polos de geração de energia limpa, bem como de algumas boas perspectivas com a implantação da BYD, da Ponte Salvador-Itaparica, dos investimentos previstos pela empresa canadense Homerun na área de extração e transformação mineral, e pelo bilionário projeto turístico da Prima em Baixios, falta ao nosso estado um programa de desenvolvimento consistente e integrado, que passa por programa de governo com foco na atração de investimentos, mercado de capitais, aplicação maciça de recursos em segurança e educação e projetos ambiciosos de infraestrutura.

Há muitos anos patinamos. Entendemos que falta uma ação mais ativa para voltarmos a ser protagonistas regionais. Ações como a campanha Made in Bahia, lançada pela Comunidade Business Bahia, se por um lado tem um efeito didático motivador, por outro falta-lhe apoio para ampliar seu alcance e fazer a diferença em um contexto tão ambicioso. 

A nossa já divulgada sugestão da Agência Made in Bahia que terá como objetivo estruturar novos negócios, promover o desenvolvimento e apoiar investidores corporativos, nas mais diversas áreas como a Invest Minas e a Investe SP, nos parece uma boa opção, já testada e aprovada em Minas e São Paulo, mas que ainda não despertou o interesse dos governantes baianos.

A Bahia é um celeiro de oportunidades com diversas vocações naturais culturais, e um povo carismático e hospitaleiro. Podemos e devemos fazer mais, aproveitando o contexto político favorável. Tenho a certeza que os empresários e empreendedores baianos estão ansiosos para contribuir, precisamos fortalecer essa relação institucional e republicana entre os gestores públicos e privados, sermos mais ouvidos e assim, juntos construirmos a Bahia do futuro, para que nossos filhos não precisem continuar nos deixando para conquistar o seu sucesso.

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